quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

GP RAVELLI 2014



Neste último domingo, 09 de Fevereiro meu amigo e atleta Gabriel Paggiaro, participou da primeira etapa do Circuito Caloi GP Ravelli de mountain bike. Veja seu relato sobre a volta às competições:




Depois de aproximadamente um ano longe das competições e um ano e meio longe dos treinos específicos voltei a me exercitar com regularidade e a fazer planos para competições no decorrer do ano. As vezes precisamos de uma motivação para voltar. No meu caso a motivação foi a troca da bike.

Em setembro do ano passado, comprei minha primeira mountain bike com rodas de 29 polegadas. Achei impressionante o ganho de desempenho das rodonas! Alguns upgrades depois, um belo bike fit e estava pronto para começar.

De volta aos treinos: terça, quinta e sábado específicos, um pouco de “rolo” na quarta e musculação na sexta. Fui, também, visitar a nutricionista. Resultado: em 40 dias de treino e dieta balanceada, aproximadamente 6,4 quilos de gordura a menos, corpo já mais acostumado à bike e muito mais vitalidade no dia a dia.

Chegava, assim, o dia da primeira competição do ano, no formato XCM – o mountain bike maratona. Essa modalidade utiliza circuitos longos, de por volta de 50km de extensão e apenas uma volta, com trilhas, estradões de terra, subidas e descidas. Ao contrário do seu irmão mais famoso, o XCO – Cross Country Olímpico, o XCM é menos técnico e fácil para iniciantes, o que faz com que tenhamos cada vez mais adeptos.

Adeptos, por sua vez, que lotaram o GP Ravelli. Duas semanas antes da prova todas as 1400 vagas disponíveis já estavam esgotadas. 


Eram duas categorias, PRÓ e SPORT, a primeira com mais trilhas, subidas e distância de prova maior e a segunda para iniciantes - bem preparados -em competições de mountain bike. Corri na PRÓ sub 30.
Para evitar as grandes filas na retirada dos KITs de prova no domingo, passei em Itupeva, local da arena da primeira etapa, no sábado a tarde. Fazia um calor de 37º. Todos sabíamos que no domingo não seria fácil. Exatamente após pegar o KIT e voltar para o carro, disse para minha noiva: “amanhã não tem jeito, vou correr de Camelback”. O Camelback nada mais é que uma mochila de hidratação, em que podemos levar até 2L de líquidos.

Fui para casa e passei o resto do sábado descansando e ajustando os últimos parâmetros da bike para a corrida.

Domingo acordei cedo, afinal a largada era as 8h30min e eu tinha mais de 1h de estrada antes de chegar a Itupeva. Como já estava com o KIT, instalei o chip e o numeral no sábado, evitando filas, sustos e ficar muito tempo em pé no sol.

Alinhei as 8h da manhã e surpreso, já havia muita gente no funil de largada! Pelo menos 200 atletas na minha frente. Paciência, primeira do ano, depois de longo período de inatividade, é pra somar, não para ganhar. Clima da prova muito legal, atletas se respeitando, adrenalina a mil. Largamos pontualmente, GPS marcava 33 graus as 8h30min da manhã!


 Analisando a altimetria da prova na véspera percebi que deveria fazer bastante força até o KM 10. A altimetria era basicamente de descida, que já me sinto confortável. No KM 10 iniciava a pior subida do circuito, apelidada de subida do “chupa cabra”. Era provavelmente uma trilha de moto enduro, com inclinações superiores a 20%, erosões e pedras soltas. Consegui pedalar boa parte, mas depois os ciclistas a frente desmontaram suas bike e começou um empurra bike de aproximadamente 500m ladeira acima.
    Senti um pouco o empurra bike, as pernas estavam “pesadas”, apesar de não ter sinal de cãibras. Nesse ponto a hidratação e reposição de sais se torna muito importante. Tinha comigo 2 sachês de gel de carbo e uma caramanhola com repositor eletrolítico, fora os 2L de água e 4 pontos de hidratação oferecidos durante o percurso.



    Saí da pior subida com um ritmo bom, mas já sentia um pouco. Tentei achar meu novo ritmo e consegui, porém, estava em um pelotão um pouco forte para esse novo ritmo e perdi posições. Até o fim da prova, mantive meu ritmo. Era bastante poeira, sol e esforço. Nos últimos 15KM, os circuitos PRÓ e SPORT se uniram, e eu passava muita gente. Até parecia que eu estava forte! Mas eram os guerreiros da SPORT que lutavam para completar a prova.       Terminei a prova em 2h26min, 32º lugar na PRÓ sub 30, dentre 39 atletas que completaram a prova na categoria. Fiquei feliz com o desempenho, não “quebrei”, nem fiz loucuras. Entendo que um tempo bom, quando estiver com uns 4 meses de treino, pelo menos, será por volta de 2h05min, que seria o 19º lugar da categoria. Mais rápido que isso deixo para os verdadeiros atletas. Para termos noção do desempenho dos melhores, o campeão da PRÓ sub 30 fez em 1h40min e o campeão da PRÓ Elite em 1h33min.



  O último guerreiro das categorias PRÓ finalizou em 4h06min de prova. A ele dou meus parabéns!
   Chegando, beijo na noiva, Gatorade em mãos, medalha de participação. E assim terminou a primeira etapa. Como sabia que pódio não tinha a mínima chance, parti para o carro e depois para casa. Merecia um belo banho e um almoço!

   Próxima competição séria agendada é um XCO, meu favorito no ano, a Copa Internacional de MTB, em Araxá, MG. Até lá, muitos KM de treino e, espero, alguns quilos a menos!

Gabriel Paggiaro.


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